Meus caros, há um marco na história recente do Brasil, que todos tem dado pouca importância, mas foi a chave para jogar luz em toda essa sujeira que todos os dias são delatadas.
Trata-se da Lei 12.850 de 2 de agosto de 2013.
Ela foi o resultado do apavoro do Congresso Nacional em dar uma resposta depois das manifestações de julho daquele ano.
Mas ela foi muito mais que isso: Um simples inciso (o primeiro do artigo terceiro) inverteu os destinos dos corruptos e chupins da república ao definir como PROVA as colaborações com a Justiça, vulgarmente conhecidas como "delações premiadas".
Sem esse simples dispositivo, NADA do que hoje se vê teria sido possível, pois ao delinqüente era mais vantajoso se calar e esperar que o Ministério Público provasse algo contra ele. Com isso, imperava a "lei do silêncio" onde tudo ficava obscuro... Todo mundo sabia, mas ninguém abria o bico. Não havia o menor interesse.
Depois dessa Lei, a coisa virou 180º, principalmente com o exemplo de Marcos Valério, que, abandonado pelos comparsas, pagou o pato de Lula, a quem inicialmente protegeu, ganhando como contrapartida de todos os seus "sacrifícios" mais de 45 anos de cana, perdendo praticamente tudo que tinha.
"Ah, mas antes dessa lei também se descobria. Veja o caso de Collor e do mensalão"... Mas não mesmo! Tanto um como outro foi questão de sorte pura, mas ambos resultaram de delações gratuitas e expontâneas: Pedro Collor, com um tumor na cabeça, achou que Thereza havia transado com o irmão e o dedou, morrendo logo depois; Roberto Jefferson, chutou o pau da baraca por motivos que só ele pode explicar, pois foi condenado juntamente com os outros.
Pode-se dizer, inclusive, que Jefferson e Pedro Collor foram os inspiradores dessa bendita e benvinda Lei, que inibiu 30 anos de corrupção e 13 de saques descarados e escancarados.
Assim, caso não derrubem essa Lei, tenho esperança no futuro sim. Ainda.
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