segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Da série 'Artigos que eu gostaria de ter escrito'

Carta aberta a Luciana Genro:

Prezada Senhora:
A Sra. chamou-me de fascista porque eu, como milhares e milhares de brasileiros, opus-me ao patrocínio do Banco Santander à exibição de "arte" moderna de artistas "alternativos" sobre a 'diversidade' sexual.
Vamos lá:
1. Não sou fascista porque sou umbilical e visceralmente contra a esquerda. Eu não me sento à mesma mesa que esquerdistas, salvo se for para tentar salvar-lhes as almas. O fascismo foi e é um movimento político-ideológico fundado no pensamento socialista. Eu sou conservador e direitista, coloco Deus, a religião, o homem, a família e a iniciativa privada acima do Estado. Então, por favor, não tome a medida da minha índole moral com o mesmo metro que você mede a sua e as dos seus pares.
2. Antes de você me acusar de "homofóbico", seja lá o que for isso, saiba que eu não me insurgi contra a defesa dos interesses da "comunidade" LGBTS (tem mais alguma letra?), mas contra o incentivo indireto ao crime de pedofilia, a imoralidade da zoofilia e contra a blasfêmia, com possíveis nuances criminais.
3. Eu não me interesso por "arte moderna", quanto mais por artistas alternativos (alternativo, a rigor, no campo das artes, é um eufemismo para fracassado), nem me oponho ao que a "comunidade" LGBTS (???) faz. Eu me oponho a apologia ao crime, a desordem moral e aos ataques infames, indecorosos e ilegais à fé que eu professo, a mesma de mais da metade da população brasileira e a que é histórico-socialmente ligada ao país.
4. Assim como você tem o direito constitucional de falar bobagens, de disseminar o ódio e a luta de classes, de pregar a desestruturação social, de incentivar o esvaziamento da família (o único e verdadeiro modelo de família: pai, mãe e filhos), de atacar a fé cristã (católica, ortodoxa ou protestante), eu tenho o de defender valores, proteger a minha fé, desejar a presença de Deus no seio social, preservar tradições, amar a família (em seu modelo autêntico), de apreciar a economia de mercado, de buscar o bem comum do modo certo, não por meios falsos e mentirosos, como os propagados pelos socialistas. Acaso, aos seus olhos, o badalo do sino da democracia dobra apenas de um lado? Levantar o braço em riste, com o punho fechado, vestindo camiseta de Che Guevara é correto, mas fazer o sinal da cruz com a mão direita e invocar o santo nome de Jesus é errado?
5. Eu sou (ainda) sou correntista do Banco Santander, categoria Van Gogh, e tenho o direito, como consumidor, de exigir a retratação por política institucional absurdamente imoral e ofensiva, por algo que me abalou moralmente e me irritou. Isso é próprio da relação comercial. Aliás, mesmo que eu não fosse correntista, poderia e deveria fazer isso, como católico e como tio zeloso que não deseja uma sociedade moralmente desestruturada. Isso é próprio do jogo democrático. Imagine se o mesmo banco tivesse patrocinado algo que, de algum modo, atacasse suas convicções políticas e ideológicas? Você não se insurgiria? Ora, se você pode "gritar" pelo o que é efêmero e moralmente duvidoso, porque eu não posso lutar pelo o que é sagrado, moralmente correto, justo e digno?
6. Aliás, causa-me estranheza suas críticas ao Banco Santander pela retratação (muito aquém da devida) e pelo fim do patrocínio à exposição blasfemo-criminosa? Você não é marxista, não odeia a economia de mercado? Não sataniza o capitalismo? Explique-me então essa indignação com o fim de um patrocínio! Penso que há certa esquizofrenia nisso, não? Você da boca para fora abomina o capitalismo, mas interiormente deseja haurir, ainda que despida de mérito, seus bons frutos. Pergunto: a defesa do patrocínio seria alguma remissão à sua eterna condição de "PAItrocinada"? Pergunto: alguma vez você ganhou dinheiro na e da iniciativa privada ou sempre viveu às custas do Erário, sem qualquer tipo de concurso público? Não se lhe parece outra esquizofrenia social seu ódio declarado a tal "sociedade patriarcal" e viver às custas do seu pai até hoje, com idade relativamente avançada? Pergunto tudo isso não com raiva ou por discordar de tudo o que você pensa e defende, mas para uma profunda e íntima reflexão. Meu sincero desejo é que você busque a COERÊNCIA, algo que parece faltar aos socialistas em geral. Para alguém que se considera essencialmente política, você deveria saber que a COERÊNCIA é IRMÃ da CREDIBILIDADE.
7. Para seu desgosto, as pessoas de bem do país acordaram. Os cristãos são a maioria da população. Os que comungam dos valores morais judaico-cristãos entenderam que os espaços precisam ser ocupados e que o receio do patrulhamento ideológico e do histerismo falacioso de pessoas como você são combatidos com as mesmas armas sociais. Nós não nos calaremos mais e defenderemos, sim, nossos conceitos e valores. Nós temos o princípio democrático e o poder econômico ao nosso lado e o usaremos para abafar a voz estridente de uma minoria barulhenta, mas sem essência. Nós nos movimentamos pela preservação de valores e por amor ao que é certo. Nós não agimos em nome do caos ou por sentimentos rasteiros como inveja, recalque, ressentimento. Se fossemos assim, seríamos socialistas, não amigos da verdade.
8. Saiba, por fim, que a cada ofensa reagiremos com sabedoria. Nós não invadimos ruas e praças para cometer atos de vandalismos, nem auditórios para impedir pessoas exporem suas ideias, muito menos nos guiamos pelo cinismo, como você e seus pares costumam fazer. Mas, nós temos três poderosos aliados: a democracia, o poder econômico e, o mais importante, Deus. Estávamos adormecidos e você e os seus ocuparam espaços, doutrinaram jovens, presidiram salas de aulas e invadiram boa parte da mídia. Agora, acordados, recuperaremos esses espaços e diremos sem constrangimento algum: nossa maioria, nosso dinheiro, nossa fé, portanto, nossas regras no jogo social. Mas, fique tranquila, pois nós somos cristãos, não socialistas, por isso trataremos bem a você e os seus pares, afinal nós toleramos inimigos e odiamos os pecados e erros, não os pecadores e errados.
9. Saiba que meus colegas, amigos e eu estamos a nos articular para exigir retratação mais robusta do Banco Santander e a garantia de jamais patrocinar coisas abomináveis como o "evento" em destaque. Irei amanhã a Roma - onde rezarei também por sua alma confusa -, mas ao voltar cuidarei disso com máxima atenção. Aliás, eu tenho um agradecimento a fazer: aprendi contigo a lutar socialmente, mas com uma diferença: eu defendo valores e estou com a Verdade!

(Texto de Paulo Henrique Cremoneze)

domingo, 20 de agosto de 2017

Internacional Socialismo (IS) e Nacional Socialismo (NAZI)

Se você acredita mesmo que o Nacional Socialismo alemão (conhecido como "nazismo") e o Internacional Socialismo não são extrema esquerda, então você é um ignorante de história e de política. No mínimo, influenciado por autores que, após a vergonha pós Segunda Guerra Mundial, autores esquerdistas tentaram por todos os meios divorciar os dois "socialismos".
Lhes afirmo que ambos são letais e que o da Alemanha, perpetrou uma fração do genocídio cometido por seu irmão internacional.
Durante o período Nacional Socialista, os símbolos do socialismo, a foice e o martelo, estavam estampados nas moedas do "reich".
O Nacional Socialismo foi financiado e suprido por Moscou antes e até a ruptura do tratado Molotov-Ribbentrop em 22 de junho de 1941, quando foi deflagrada a Operação Barbarossa por Hitler.
Este foi o marco da ruptura entre as duas variações do socialismo e sua gênese e dissidência são públicas e notórias.
Assim por conta dessa traição e da posterior vergonha revelada com a derrota do nazismo, trataram os autores esquerdistas, por todas as formas que lhes foram possíveis, a desassociação das doutrinas irmãs, colocando este na outra extremidade à direita do espectro político.
Mas a cumplicidade de ambos ficou registrada, para a tristeza dos doutrinadores comunistas/socialistas e, a mais vergonhosa foi a revelação do massacre de da floresta de Katyn, na Polônia, no qual todo o generalato e oficialato daquele país foram dizimados meticulosamente e a sangue frio pelas forças de Moscou e Berlin associadas.
Não contavam que um dos executados estivesse fazendo notas, tendo sido seu caderno desenterrado com ele alguns anos depois intacto.
Este é mais um dos fatos vergonhosos do socialismo e há um filme a respeito que eu recomento fortemente: Katyn.
Há uma versão dublada no youtube que você pode assistir clicando aqui.

Interessantíssima a análise feita por Philip Rosa, demonstrando 10 fatos que comprovam o esquerdismo do Nacional Socialismo:

"Dez fatos que comprovam que o Nazismo foi um Regime de esquerda:

1) A direita sempre pregou que o estado deve ser mínimo, que o Estado não deve ter mais poder que
Símbolos do Socialismo na Moeda Nazista de 1934
 o indivíduo e que os partidos políticos não deveriam ser poderosos. A própria Constituição dos Estados Unidos escrita por conservadores garante direitos individuas, inclusive dos cidadãos possuírem armas para não ficarem escravos de um governo ditador. Dizer que o anarquismo (ausência total de poder e governo – também anti-bíblico e utópico) é extrema-direita pode ser correto, mas nazismo e fascismo tem a mesma dinâmica de poder do comunismo e socialismo.

2) A direita não prega o “coletivismo” e o nazismo e fascismo sempre pregaram o coletivismo – a idéia de valorizar no começo as minorias, mas depois fazer o bem social geral. Exemplo: estatizar uma grande propriedade rural (mesmo se for adquirida legalmente e com muito trabalho) e entregar para grupos do movimento sem-terra. Isso é justiça? Não.

3) A economia de Hitler não era igual a da URSS, mas também não era liberal. A economia de Hitler era como a maioria das economias esquerdistas hoje no mundo: capitalismo de estado – permite uma certa liberdade, mas tudo com muito controle sobre tudo. Rodrigo Constantino explica bem isso em seu artigo recente.

4) Hitler fez vários acordos com Stalin na URSS. Eram amigões e aliados antes da guerra começar. O problema é que os dois queriam “dominar o mundo”!

5) Em quinto lugar, o próprio Hitler declarou ser socialista: 

"Nós somos socialistas, nós somos inimigos do atual sistema econômico capitalista para a exploração dos economicamente fracos, com seus salários injustos, com sua indecorosa avaliação do ser humano de acordo com a riqueza e a propriedade em vez de sua responsabilidade e desempenho, e nós estamos todos determinados a destruir esse sistema sob todas as condições." Adolf Hitler (discurso de Primeiro de Maio de 1927, citado por Toland, 1976)

A diferença é que o comunismo queria tomar o poder através do golpe na democracia gerando uma falsa democracia cujo o Partido Comunista era o único e sempre ganhava (como acontecia na URSS que Stalin governou interruptamente por 30 anos e acontece ainda hoje em Cuba e na Venezuela), mas Hitler tomou a democracia para si:

"Eu aprendi muito do marxismo, e eu não sonho esconder isso. (...) O que me interessou e me instruiu nos marxistas foram os seus métodos [Exatamente como disse o marxista Boff: que ele aproveitou o método marxista] (...) Todo o Nacional Socialismo está contido lá dentro (...) O nacional socialismo é aquilo que o marxismo poderia ter sido se ele fosse libertado dos entraves estúpidos e artificiais de uma pretensa ordem democrática" (Adolfo Hitler, apud Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pp.211- 212).


6) Dá pra notarmos claramente na última citação que o partido NAZISTA de Hitler se chamava NACIONAL SOCIALISTA. E dá pra notar na próxima citação que o fato deles estarem do mesmo lado não faz deles amigos! É assim que os esquerdistas conseguem mentir: com o pensamento dualista. “Se para Hitler os comunistas eram inimigos, então logo ele é de direita!”. Entretanto, o fato deles terem 90% de ideologias em comum não significa que eles irão se dar bem – alias, comunistas, fascistas e nazistas nunca se dão bem com ninguém que não pense 100% como eles. A esquerda nunca foi a favor da democracia, agora mesmo Obama está fazendo várias medidas inconstitucionais, sem aprovação do Congresso. No Brasil, Lula e o PT compraram parlamentares pra votar e seus projetos -- esquema chamado Mensalão. Na Venezuela, depois de conseguir a maioria do parlamento, Chávez criou uma nova Constituição e a Republica Socialista Bolivariana. Se você não pensa como eles, já é chamado de direitista, fascista, tucano etc.

"Os ensinamentos da revolução, eis todo o segredo da nova estratégia. Eu os aprendi dos bolchevistas e não tenho vergonha de dizer isso, porque é sempre dos inimigos que se aprende mais" (Adoph Hitler, apud Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, p. 26).

"Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? .Nós socializamos os homens" ( Adolfo Hitler, apud Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pp. 218-219).

7) Na última frase podemos ver claramente que o Estado Alemão não somente estatizou várias propriedades de judeus, mas também “estatizavam pessoas”. Ou seja, os alemães passam a ser propriedade do Estado – exatamente como acontece na China e em outros países comunistas hoje. Se você for ligado ao governo e ao Partido, você se dá muito bem. O governo tem controle de tudo e também do indivíduo -- inclusive de quantos filhos você pode ter. Você só enriquece se tiver amizade com o governo (foi o caso de Eike Batista e de vários milionários na URSS).

8) Sobre racismo: A direita é sempre colocada como racista pela esquerda. Isso é para pensarmos que a esquerda é boazinha e a direita má. Vamos aos fatos:
- A direita americana e o partido Republicano (que na última eleição recebeu somente 20% dos votos de negros) foi o grande batalhador para aprovação da abolição da escravidão. Eles, os conservadores cristãos americanos, foram até as últimas conseqüências para proibir a escravidão na America – inclusive guerrearam na Guerra Civil americana por isso.
- A direita americana e o partido Republicano foram a favor do fim da segregação racial nos EUA.
- O discurso de racismo é de ideologia esquerdista para separar a sociedade em classe e enfraquecê-la. A direita prega que somos todos iguais perante a lei.
- As ditaduras esquerdistas sempre usaram o discurso de “lutar pelas minorias” para dividir classes, criar o caos social e depois de usar esses grupos minoritários para a revolução, os descartavam. Che Guevara mesmo fez isso em Cuba – me diga hoje, quantos deputados negros Cuba tem? Nenhum! Muitos foram para o “paredão” ou descartados no meio do processo revolucionário. Vladimir Lênin (antecessor de Stalin na URSS) dizia que essas minorias são os idiotas úteis, ajudam na revolução, mas depois devem ser descartadas. Por isso, é ridículo gays e “minorias” serem de partidos como o PSOL.
- Che Guevara, o Messias do deus Marx, adorado pela esquerda, era um assassino e muito racista. Veja as frases dele (site completo):
“Os negros, esses magníficos representantes da raça africana, que conservam sua pureza racial por uma falta de afinidade com tomar banho, veriam sua seara invadida por uma raça diferente de escravos: os portugueses. As duas raças agora compartilham uma experiência comum, cheia de querelas e discussões. A discriminação e a pobreza os unem numa batalha diária pela sobrevivência, porém suas atitudes diferentes em relação à vida os separam por completo: o negro é indolente e irresponsável, gasta seu dinheiro em frivolidades e bebida; o europeu vem de uma tradição de trabalho e poupança, que o acompanha até este canto da América e o impulsiona para ir além, até mesmo independentemente, de suas próprias aspirações”. (Che Guevara – Uma Biografia, de Jon Lee Anderson, página 114.  Ano 1997, editora Objetiva)
Um proeminente empresário cubano chamado Luis Pons, que por acaso era negro, perguntou, pois, a Che quais eram os planos da revolução para a população de cor. “Nós faremos por negros e mulatos exatamente o que eles fizeram pela revolução”, rebateu Guevara. “Ou seja: nada”. (FONTOVA, 2009, p.241)
Ainda em Cuba: Peñalver sofreu tortura contínua em sua luta contra o comunismo, mas resistiu incólume a trinta anos de confinamento. “Macaco!”, diziam-lhe os guardas. “Nós o tiramos da árvores e arrancamos sua cauda!”, gritavam os capangas de Castro ao levarem-no para a solitária. (Humberto Fontova entrevista Eusebio Peñalver, 9 de junho de 2004.)

Podemos citar também uma famosa frase de Karl Marx que eles também idolatram:


“A sociedade está prestes a presenciar uma revolução silenciosa, a que deve ser submetida e da qual não deve haver notícia alguma acerca da realidade humana tal qual o terremoto faz com relação às casas, ante ao seu terrível poder de destruição. As classes e as raças, fracas demais para dominar as novas condições de vida, devem ser submetidas à dominação.”

9) A primeira coisa que Hitler fez quando assumiu: matou todos os conservadores, a começar dos príncipes alemães e depois os cristãos.

10) Hitler desarmou a população de bem, assim como Chávez fez na Venezuela, Fidel fez em Cuba, Mao Tse Tung fez na China, Lula fez no Brasil com Estatuto do desarmamento e Obama quer fazer nos EUA."

Temer, o ex-imediato malandro, tocando o barco furado.

Não é segredo que não votei em Temer e tampouco não confio nele, pois fora o fato dele ter se aliado ao PT por duas vezes, o mesmo participou, pelo menos de forma omissa, da farra que imperou neste país nos anos do petismo. Tanto que está envolvido na Lava-Jato e bastará sair da presidência para ser investigado e provavelmente condenado.
ENTRETANTO... Não se pode esquecer que, após a deposição por irresponsabilidade funcional da ex-presidente, ao menos no início:
- ele fez uma limpa na pelegada petista que aparelhava o primeiro e o segundo escalões do governo;
- Brecou a gastança, demitindo e enxugando, sob chiadeira geral, ministérios inúteis que só existiam nesta Terra de Santa Cruz.
- Moralizou o Itamaraty, lançando mão de José Serra (outro queimado por denúncias de corrupção), mas que fez por lá, inegavelmente, um excepcional trabalho, reafirmando nossa soberania e falando grosso com quem nos desafiou e ultrajou.
- Combateu as irregularidades da Lei Rouanet, sob estridentes protestos dos artistas que dela viviam (mas que sumiram todos do mapa, quando a União começou a expô-los e determinar a devolução dos recursos indevidos);
- Mexeu e melhorou o sistema de ensino, que vergonhosamente nos últimos anos vinha ocupando os últimos lugares em todos os rankings mundiais. Claro, sob protestos inflamadíssimos, pirotécnicos e cheios de canastrice dos vermelhos.
- Em meio a uma terrível adversidade (comparável a um pouso as cegas de um 747 sem ILS, eis que sem popularidade e sendo atacado de forma brutal e frontal pela Rede Globo em conluio com as esquerdas associadas e ressentidas pelo fato dele não ter renunciado: Além de conseguir dominar o Congresso para não permitir ser processado pelo momento, ainda dele conseguiu uma aprovação de uma reforma trabalhista que todos diziam ser impossível e que ninguém até hoje teve peito para mexer. Neste particular, eu tiro o meu chapéu pela capacidade de articulação e sangue frio deste, que é conhecido como "Drácula" (por causa de sua aparência assemelhada com Christopher Lee, que interpretava o vampiro de Bram Stoker nos anos 60 e 70 - cuja série, aliás, eu era fã, justamente por causa da resiliência do "nosferatu", outro ponto comum com nosso atual "presidento"). Em troca, o Congresso (além dos mimos do orçamento), exige uma reforma política de araque, que salve a maioria dos corruptos que infestam aquelas casas (Senado e Câmara). E eles estão cada vez mais ouriçados, pois o prazo de um ano em breve se esgotará.
Então... Depois desse breve histórico, vou comentar a respeito de um dos últimos desafios do Vlad do Planalto.
O tal do REFIS.
Pois bem... Há quem diga, com base no "impostômetro", que o Brasil arrecada monstruosamente.
Sim, arrecada. Mas não devemos nos esquecer que o valor apresentado pelo impostômetro é a soma dos tributos recolhidos pela União e todos os municípios e estados.
O valor é brutal. Mas não devemos esquecer os rombos deixados pelo PT, além dos custos naturais da máquina pública, inclusive folha de pagamento, principalmente das castas no Congresso, no Judiciário e até mesmo no Ministério Público.
E a realidade do Brasil é triste. 3,7 trilhões de dólares de déficit público (a 19,5% ao ano de juros pela divida pública e 5% ao ano pela dívida externa).
Assim, se por um lado a arrecadação parece ser uma mina de ouro, o rombo herdado do lulopetismo também é monstruoso! Some-se a isso um estado inchado e pronto, está instalada uma bela crise. Mas a diferença entre a arrecadação e os compromissos é de algumas dezenas de bilhões, alucinadamente perseguidos por nosso morto-vivo.
Nesse imbróglio, uma bela fonte de receita seriam os débitos privados junto à União.
Para começo de conversa, são débitos porque não foram pagos.
Estão executados e "sub judice", ou seja: Crédito? Sim. Muita grana? Sim. Balancearia as contas? Com certeza! Mas... É líquido? NÃO.
É, portanto, ovo no ovário e longe da cloaca da galinha.

Tenho ouvido a narrativa petista/socialista/progressista/comunista (que é uma merda só) nos últimos dias, se queixando de que o presidente teria "perdoado" a dívida de grandes devedores.
Isto não é bem assim! E calma, eu explico.
Ocorre que Temer tem pressa para tapar os buracos de seus antecessores e tem o maior interesse em entregar um país, se não em superávit, pelo menos saneado (não em queda livre como estava). Os cofres precisam de fundos "para ontem", pois como dito alhures, dinheiro vem, mas dinheiro vai (e como vai)...
É certo que há um monte de devedores sim, mas os entraves e trâmites judiciais impedem que tais créditos sejam percebidos imediatamente.
E É AQUI QUE ESTÁ O XIS DA QUESTÃO: Não haverá tempo suficiente para arrecadar essa gaita toda.
Optou a presidência pelo que é conhecido como "REFIS", que nada mais é do que uma forma de "propor acordo" aos devedores, oferecendo-lhes vantagens irresistíveis caso queiram pagar suas contas.
Isso implica em abrir mão dos juros e multas (não da correção monetária), ou seja: o capital corrigido.
Baita negócio. Só não adere quem é besta ou está quebrado mesmo.
Ocorre que abrir mão das multas e juros, equivale a abrir mão de 79 bilhões e é aí que as esquerdas encrespam.
Interessante que, como socialistas, eles (as oposições de esquerda) têm muito amor ao capitalismo, pois o que estão fazendo questão é da usura: juros e multas.
Entenderam?
Não que a União vá perder. Simplesmente vai deixar de ganhar. Mas de todo modo, o capital corrigido está preservado e haveria o aporte de dinheiro que o governo precisa para equilibrar as contas imediatamente (e não esperar as delongas das Execuções Fiscais, que demoram anos e às vezes décadas).
Mas o pior é que há quem entre na onda esquerdista para criticar o cara que, não é santo, mas está fazendo um trabalho que eu mesmo não sei se faria diferente, diante das circunstâncias e do tempo exíguo.

Eu comparo o Brasil pego por Temer com um barco enorme, superlotado, fazendo água (quase a pique) e à beira de um motim, cuja capitã, por incompetência irresponsável, foi chutada da ponte de comando, obrigando o Imediato a assumir a embarcação naquele estado deplorável a pouco mais de dois terços do caminho.

Bem... Pelo menos temos que reconhecer que parece que, pelo menos, parou de fazer água e não vai mais a pique... Pelo menos por enquanto.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O golpe do PT e Lula do pagamento da Dívida Externa.

Quando Lula assumiu o governo em 2003, a Dívida Interna era de US$630 bilhões.
Em 2008 essa dívida passou para US$850 bilhões.
Então, Lula anunciou o pagamento do FMI (que cobrava 4,5% de juros ao ano) e a Dívida Interna pulou para US$1,4 TRILHÕES... 
Sabem porque?
Lula negociou com os amigos banqueiros, que adquiriram títulos da dívida pública emitidos possibilitando assim saldar a dívida com o FMI, passando a Dívida Externa a ser Interna.
Quais as vantagens?
Permitiu ao demagogo se jactar de que havia saldado a Dívida Externa, sem contudo revelar o custo de 19,5% de Juros cobrados pelos novos credores, agora internos!!!
Hoje, a conta está em US$3,7 TRILHÕES!
Entenderam?
O Brasil antes pagava módicos 4,5% de juros ao ano e os novos cobram 19,5%.
Esse foi o custo para aquele... indivíduo... dizer que tinha saldado a dívida externa e colher dividendos políticos com isso.
Só que não! Eles, os petistas, fizeram uma farra tão colossal com os dinheiros públicos, que o Brasil VOLTOU A SE ENDIVIDAR externamente!!! Isso mesmo: OUTRA dívida externa foi INTEIRAMENTE FORMADA PELOS GOVERNOS DO PT, no valor US$316 bilhões (e com uma única obra inaugurada nos 13 anos daquele período maldito: A ponte Anita Garibaldi, em Laguna-SC e, ainda assim, superfaturada como todas as outras obras nunca concluídas).
Lula e seus asseclas são LESA-PÁTRIAS que deveriam enfrentar um pelotão de fuzilamento!
E não adianta querer que qualquer um que assuma o abacaxi do Executivo venha ter algum desempenho. Eu tenho até dó do Drácula que, além de ser odiado pela esquerda e pela direita e pelo povo, quando deixar o cargo será fatalmente condenado.
E sabem QUEM vai pagar (e já está pagando) essa conta? VOCÊ!

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Fascista! Reacionário!

Ontem eu estava vendo umas matérias a respeito de como a possibilidade da pré-candidatura do hoje deputado federal Jair Messias Bolsonaro tem incomodado toda a esquerda e uma boa parte do centrão.
Ocorre que, em um desses comentários, o autor revela seu esquerdismo incrustado ao proferir duas palavras chaves e reveladoras de vermelhos: "fascistas" e "reacionários".
Dentre outras, essas palavras entregam mais que machão que dá gritinho quando vê uma barata.
E eu não resisti, claro, e mandei o seguinte:

"'... jovens reacionários com tendências fascistas.'
Duas palavras chaves e sexagenárias, dos anos 1950, de Nikita Sergeievich Kruschev (Никита Сергеевич Хрущёв), cuja filosofia e ideologia deveriam estar enterradas desde a queda do Muro da Vergonha em 1989 e que revelam o quão "papagaio" é o autor desse texto: "reacionários" e "fascistas".
Ambas são usadas como xingamentos por ignorantes (que, como papagaios, repetem mantras desde aqueles anos, nunca se atualizando), sem ao menos se aprofundar para saber o que vem a ser uma e outra coisa.
A primeira, "reacionário", uma forma de tornar pejorativa a resistência liberal à Ditadura do Proletariado, tão sonhada pelos socialistas. Entre eles é um xingamento inominável, mas para seus "ex adversus" é praticamente um elogio, considerando que tal adjetivação deriva do verbo reagir. Assim, para quem não mais acredita (ou nunca acreditou) nos estelionatos ideológicos de Marx (e todos os seus variantes, inclusive a Social-Democracia e o Nacional-Socialismo e o próprio Fascismo), é até mesmo um elogio, vez que ser reacionário significa a qualidade de reagir à toda a ideologia esquerdista, cediçamente inepta à luz da experiência vinda a lume, desde o fracasso da revolução de outubro de 1917 na Rússia, que se autodestruiu em 1989 após a гла́сность e a  перестройка, até a última tentativa desastrosa na Venezuela.
A segunda, "fascista", hoje em dia usada para designar absolutamente TUDO o que venha a colidir com os ideais socialistas e lulopetistas, esquecendo-se que o fascismo, na verdade, é obra de um ex-jornalista socialista-marxista que se tornou cabo atirador na Primeira Guerra Mundial e após o conflito resolveu escrever sua própria adaptação das teorias originais do mestre do engodo alemão (Karl Marx), rechaçando-o, batizando essa sua nova doutrina de "fascismo" (e que foi uma mistura das teorias originais com ideais da Roma imperial antiga e uma boa pitada de sandices). Seu nome, Benito Mussolini, "Il Duce".
O verdadeiro e original motivo pelo qual os socialistas puros odeiam os socialistas do fascismo é esse: a rejeição do mestre original e todas as variações irmãs e as hostilidades mútuas.
Sequer sabem (e nem tem interesse em saber) que suas raizes são comuns (e podres).
Mas por sua natureza, desde os comunistas totalitários até os socialistas fabianos são hostis ao fascismo, porque o inverso é verdadeiro e, pela ignorância e lógica torta daqueles, quem não é marxista é taxado de fascista.
Note-se que usam desse termo como insulto inclusive entre eles: Os marxistas chineses usaram o termo para ultrajar a União Soviética durante a ruptura sino-soviética e, também, os soviéticos usaram o termo para identificar os marxistas chineses.
Como dizem os cearenses, um verdadeiro cu-de-boi.
Assim, xingar liberais capitalistas de "fascistas" só revela uma coisa: total ignorância, fim de argumentação e ânimo em ofender, pois tal ato demonstra insofismavelmente que quem assim age desconhece o que vem a ser fascismo e, via de conseqüência, é um ignorante.
É esquerdista e quer agir como um asno? Basta chamar o pessoal da direita dessas duas palavras adjetivadas e pronto. Parabéns, você conseguiu seu intento."

É isso. ;-)

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Da série "textos que eu gostaria de ter escrito".

Vi um texto genial no facebook, a respeito dos tolos que taxam de odiadores aqueles que conseguem ver adiante da farsa para enganar o mundo não islâmico.

"
Meu querido, por favor, para de falar idiotice e acusar pessoas de discurso de ódio. Não, eu não tenho a solução para os problemas do mundo, talvez nem para os meus próprios eu tenha.
Se eu alerto para o problema da islamização ocidental é para abrir os lindos olhinhos fechados dos sonhadores como você, não se trata de ódio. Raiva mesmo eu sinto de pessoas que ajudam estes terroristas com suas estupidezes e pseudobondades - que aceitam poupá-los de críticas e fingem não enxergar seus irmãos covardemente executados. Pessoas assim, que julgam todos bonzinhos e que só alguns são ruinzinhos - vítimas da sociedade ou de sua opressão inexistente, mas nunca responsáveis por seus atos. O mal é uma realidade inconteste. O mal está implantado no ocidente na forma de duas serpentes demoníacas; o islã e o socialismo - que se completam e hoje se retroalimentam na proporção de seus interesses e sociopatias.
Entretanto, o fato de não ter a solução para esta mega-encrenca ( made by themselves ) pelo que já li sobre o assunto, pesquisei sobre o tema, e vejo com meus próprios olhos a acontecer, sou autorizada a não acreditar em ursos de pelúcia, flores, mensagens de amor, musiquinha, pombinha branca ou correlatos para combater a letalidade de uma ideologia infinitamente mais deletéria e perigosa do que o execrável nazismo. Do que já li e estudei, estes métodos não são os melhores nem são eficazes, acredite! Esta turma já tem mais de 700 milhões de cadáveres em sua continha.
Pensa em medidas efetivas!
Que tal o ocidente começar a deportar terroristas já assim identificados? ( Eles já estão na casa dos milhares na Europa).
Que tal cassar suas nacionalidades ( caso sejam duplas) ?
Que tal deportar toda a família como pena acessória? __ Pois, isto significa o próprio bem estar de futuros terroristas, que tudo recebem dos países que os acolhem.
Que tal punir o terrorismo e planejamento de forma exemplar e sem vitimismo?
Que tal fechar TODAS as mesquitas conhecidas pelo incitamento de ódio aos judeus e cristãos?
Que tal rever a política de imigração em massa? __A tal sociedade multiculturalista é um estrondoso fracasso, meu querido!
Que tal os países ocidentais controlarem suas fronteiras de forma a evitar a entrada de criminosos e terroristas?
Que tal começar a exigir que países muçulmanos recebam seus irmãos de fé?
Que tal começar a pensar numa mudança obrigatória no Corão, sob pena de proibir a teocracia no ocidente?
Que tal cortar os subsídios para a poligamia no ocidente?
Pode ser que estas medidas não resolvam tudo, mas serão mais eficazes do que ursinhos, florzinhas, twittes melosos, cantorias, acender velas e o resto dos procedimentos adotados pelos tíbios ocidentais, que se recusam a enxergar a realidade como ela é.
Nao é ódio, meu filho! É olho!
Você me constrange com a sua estupidez e insensibilidade com relação aos mortos, pessoas inocentes que estão sendo executadas em série, justamente porque o mundo foi tomado por néscios "gente boa“ como você." (Claudia Wild).

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Mis um da série "Artigos que eu gostaria de ter escrito"...

"A NOSSA MORAL E A DELES: Nós queremos bandido na cadeia. Eles querem bandido na Presidência
Se você votou no Aécio, como suponho ser o caso da maioria dos leitores desta coluna, deve hoje estar arrependido por um dia ter acreditado nele. Eu estou, confesso. Se você votou em Dilma-Temer, há uma grande possibilidade de que tenha sofrido um arrependimento semelhante. Entre seres humanos normais, não contaminados pelo vírus da ideologia esquerdista, é assim: você aprende com a experiência e tenta não repetir os mesmos erros no futuro.
A cabeça do militante, porém, não funciona do mesmo modo. A realidade, para ele, é sempre algo que está a serviço da ideologia partidária. Não por acaso, a palavra "mentira" tem a mesma raiz da palavra "mente". O mentiroso existencial acha que o produto da sua mente é superior à própria realidade.
A diferença entre a maioria das pessoas e a elite político-ideológica tem sido exposta com muita clareza nos últimos dias. O cidadão comum, ao notar que o político apoiado por ele na verdade era um pilantra, sente-se traído e deseja que o cara vá para o xilindró. O militante ideológico, quando descobre que o seu líder na verdade é um bandido, revolta-se contra a realidade. Quer punir o juiz, o policial, o jornalista, qualquer um que tenha descortinado a verdade, menos o criminoso. Pelo contrário: o militante quer que o bandido seja presidente!
A pessoa normal aceita a realidade. O militante revolta-se contra ela. Isso tem um nome técnico: gnosticismo.
Para os gnósticos modernos, carpideiras de bandidos, é perfeitamente normal ao mesmo tempo festejar a soltura de José Dirceu e defender a prisão de Sergio Moro. Eles não se arrependem de nada, nunca. E, como não se arrependem, são incapazes de perdoar os erros alheios. Reconhecer os próprios erros e limitações é uma das qualidades que nos tornam humanos. Sem isso, a autoconsciência é substituída pelo auto-engano. Assim é o mundo dos militantes: um mundo sem perdão, o campo de extermínio da personalidade humana.
Se você nunca se arrependeu de nada na vida, tenho más notícias: você não é um ser humano. O processo de arrependimento e perdão integra o núcleo da nossa alma. Do contrário, as pessoas se entredevorariam como serpentes e ratazanas. Não foi por outra razão que os grandes genocídios modernos — o comunismo e o nazismo — se fundamentaram."
(Paulo Briguet, publicado na Folha de Londrina)

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Da série: Crônicas que eu queria ter escrito...

"O calote do século"
Antes que a gente se esqueça, Joesley Batista, da JBS, que já foi um dos “campeões nacionais” do BNDES, é agora campeão internacional do calote, um calote não numa pessoa, numa empresa ou num banco, mas num país inteiro. Um país chamado Brasil, onde não sobra ninguém para contar uma história decente e abrir horizontes.
Enquanto amealhava R$ 9 bilhões do BNDES, mais uns R$ 3 bilhões da CEF, mais sabe-se lá quanto de outros bancos públicos nos anos beneficentes de Lula, Joesley saiu comprando governos, partidos e parlamentares. Quando a coisa ficou feia, explodiu o governo Temer, a recuperação da economia e a aprovação das reformas, fez um acordo de pai para filho homologado pelo STF e foi viver a vida no coração de Nova York.
O BNDES, banco de fomento do desenvolvimento nacional, foi usado para fomento de empregos, fábricas e crescimento nos Estados Unidos, onde Joesley e o irmão, Wesley, usaram o rico e suado dinheirinho dos brasileiros para comprar tudo o que viam pela frente. Detalhe sórdido: os frigoríficos que adquiriram lá competem com os exportadores brasileiros de carne. Uma concorrência para lá de desleal.
Eles se negam a pagar os R$ 11 bilhões do acordo de leniência com a PGR, até porque o dinheiro público camarada do Brasil foi usado para sediar 70% dos negócios nos EUA, 10% em dezenas de outros países e só 20% no Brasil. Se esses procuradores encherem muito a paciência, eles jogam esses 20% pra lá, fecham as portas e esquecem a republiqueta de bananas.
Além de sua linda mulher (como nos clássicos sobre gângsteres), Joesley levou para a grande potência seu avião Gulfstream G650, de 20 lugares e US$ 65 milhões. Também despachou num navio para Miami seu iate do estaleiro Azimut, de três andares, 25 lugares e US$ 10 milhões. Quando enjoar de Nova York, vai passar uns tempos nos mares da Flórida.
Enquanto arrumava as malas, Joesley aplicou US$ 1 bilhão no mercado de câmbio, fez megaoperações nas Bolsas e ficou aguardando calmamente o Brasil implodir no dia seguinte, para colher novos milhões de dólares. E deixou para trás sua vidinha de açougueiro no interior de Goiás, uma sociedade pasma e um monte de interrogações.
Por que, raios, Lula e o BNDES jorraram tantos bilhões numa única empresa? Joesley podia usar o dinheiro com juros camaradas e comprar aviões e iates para uso pessoal? Os recursos não teriam de gerar desenvolvimento e emprego para os brasileiros? E, se o seu amigão (como dos Odebrecht) era Lula, a JBS virou uma potência planetária na era Lula e se ele diz que despejou US$ 150 milhões para Lula e Dilma Rousseff no exterior, por que Joesley, em vez de gravar Lula, foi direto gravar Temer?
Mais: como um biliardário, que adora brinquedos caros e sofisticados, partiu para uma empreitada de tal audácia com um gravadorzinho de camelô? Como dar andamento e virar o País de ponta-cabeça sem uma perícia elementar na gravação? Enfim, por que abrir monocraticamente um processo contra o presidente da República? E, enquanto Marcelo Odebrecht conclui seu segundo ano na cadeia, já condenado a mais de 10 anos, os Batista estão livres da prisão, sem tornozeleira e sem restrição para sair do País.
Nada disso, claro, significa livrar Aécio ou Temer, que tem muchas cositas más a explicar, como R$ 1 milhão na casa do coronel amigo, R$ 500 mil da mala do assessor Rocha Loures, um terceiro andar do Planalto onde assessores só produziam escândalos.
A sociedade, porém, reage mal ao final feliz dos Batista. A não ser que não seja final ainda, pois a homologação do STF é uma validação formal, mas cabe ao juiz, na sentença, fixar os benefícios da delação. Em geral, o juiz segue os termos do acordo original, mas não obrigatoriamente, e pode haver, sim, fixação de penas. Oremos, pois!
(Eliane Cantanhêde)

domingo, 14 de maio de 2017

Meus comentários sobre o interrogatório de Lula de 10/05/2017


- Quanto ao que comentou Reinaldo Azevedo:
"Impróprios são esses comentários de Reinaldo. 
O Juiz da causa é a pessoa que tem que formar opinião e não o público.
Tal juiz (e somente ele) tem todo o conjunto probatório à sua disposição e, para emitir julgamento, necessita de todos os dados que puder adquirir; o réu deve satisfazer as necessidades de conhecer do juiz, ou seja, o réu deve ESCLARECER as dúvidas do juiz que o interroga ou manter-se silente.
Pertinente ou não é ele, o juiz, é quem sobre isso decide, pois a dúvida da indagação no interrogatório não é nem da defesa nem da acusação, mas exclusivamente do julgador.
Quando o juiz indefere perguntas da defesa ou da acusação em um depoimento (que não é o caso), o faz porque assim ELE o julga.
Finalmente, não se tratou de depoimento, mas de interrogatório previsto em lei. Interrogatório é ato do JUIZ, no qual não reperguntam a defesa nem a acusação.
Parece que Reinaldo tem tesão para ser versado em Direito. Até que leva jeito. Mas, por enquanto, comenta sobre o que não conhece (ou pior, ACHA que conhece)."

- Ainda sobre as bobagens de Reinaldo Azevedo:
"O Reinaldo Azevedo está me lembrando aquele cara que falava um monte de bobagens sobre esportes, um tal de Cajurú (um cara que não considerava automobilismo ou box como esportes e outras sandices) e que tinha um defeito comum a ele, Reinaldo: o de se considerar o arauto da razão e sabedoria. Defeito pior do que não saber é o de achar que sabe! É bem a cara deles dois. Bem... O Cajurú já foi para a vala dos esquecidos/desacreditados/f***** e o Reinaldo, se não se conscientizar, pode ser que vá pelo o mesmo caminho ao mesmo destino."

- Quanto ao número de desempregados citados por Lula, que excede em duas vezes a população brasileira:
"Independente dos méritos e objetivos de um interrogatório... A capacidade de tentar enrolar de Lula se compara à sua ambição e à sua estupidez aritmética (mas é nela que ele escorrega).
Como é que um país de 207 milhões tem 600 milhões de desempregados?
Ele já lançou mão disso antes. 
É um padrão. 
Vejam vocês e tirem suas conclusões: (video do youtube) "

- Quanto a se enganar quanto às tentativas de discurso político no interrogatório:
"Foi só um interrogatório de um réu. Faço isso todos os dias, com uma diferença: o juiz que inquiriu Lula é muito delicado. É até delicado demais. Tanto que foi necessário o Prof. René Ariel Dotti intervir para lembrar que estavam todos diante de uma autoridade constituída no exercício de suas funções e que merece respeito. Ele mesmo, o juiz, não estava usando nem 1/10 do poder que lhe é conferido e que geralmente eu enfrento no meu dia-a-dia.
Como o próprio termo diz, tratava-se de um interrogatório, previsto em lei.
Seu objetivo é saciar as interrogações/dúvidas do juiz da causa para que este forme um contexto que permitam seu julgamento. E por causa do direito constitucional da não obrigação do réu em fazer prova contra si, num interrogatório a ele é permitido mentir ou se calar sendo que quanto a isso não haverá conseqüências, ao contrário de uma confissão: unica coisa que em um interrogatório gera conseqüências.
Num depoimento, o depoente tem o compromisso de dizer a verdade (sob pena de ser processado) e as partes podem participar, fazendo reperguntas e policiando, pela ordem e pedindo a palavra, a pertinência das questões.
Não foi o caso.

A oitiva de Lula, não foi um depoimento: foi um interrogatório comum a todos os réus nessa fase processual.

Nele é vedada à defesa e à acusação reperguntarem ou interferirem sobre a pertinência da interrogação como se faz em um depoimento (em que o depoente tem a obrigação de dizer a verdade). As indagações, no interrogatório, interessam única e exclusivamente a quem irá julgar a causa e podem ser respondidas com o silêncio.
É o momento de esclarecimentos entre julgador e réu, com a oportunidade inclusive de desabafos (inclusive os mendazes) deste último. 

A propósito do silêncio (que não tem conseqüências ao contrário da confissão), ela e é muito (ou extremamente) recomendável, diante do perigo de confissão involuntária, como de fato ocorreu quando Lula, no final da inquirição sobre o apartamento, distraidamente confessou com todas as letras "Não sei se o senhor reparou, MAS O APARTAMENTO FOI COMPRADO EM NOME DE DONA MARISA"... Essas dezesseis palavras a ele custarão muito caro...

Finalmente, há que ressaltar que esse singelo desfecho é o principal escopo do interrogatório que, neste caso concreto durou horas."

Esclarecendo sobre o que é um interrogatório:
"Vocês sabem o que é um interrogatório de um réu?
Pois bem: num interrogatório o réu pode dizer o que quiser, ou mentir o quanto quiser e se defender verbalmente o quanto quiser, sem sair do escopo do interrogatório. Na verdade, num interrogatório, SOMENTE UMA COISA tem conseqüências: a confissão.
Em outras palavras, no interrogatório o Réu só não pode confessar. Confessou, acabou.
E, no que diz respeito ao apartamento, justamente isso o que houve: confissão.
Lula afirmou com todas as letras: 
"Não sei se o senhor percebeu, mas o apartamento FOI COMPRADO EM NOME DE DONA MARISA".
Pronto.
Todas aquelas outras perguntas levaram a esse desfecho singelo, mas JURIDICAMENTE PODEROSO.
Moro, com seu jeito manso, sabendo disso, passou rapidamente para outro tópico."

Confissão de Lula, que disse com todas as letras que o apartamento foi comprado em nome de Dona Marisa:
Trecho da confissão de lula quanto ao casal ter comprado o apartamento: (video do youtube)

terça-feira, 9 de maio de 2017

Cheguei à conclusão de que o islam não é, definitivamente, uma religião de paz, tampouco tolerante (tanto com outras religiões quanto ao ateísmo).

Pelo contrário, incita e estimula o ódio, o genocídio, o engodo (além de pedofilia e poligamia).
Leiam estes trechos do Quran e tirem suas próprias conclusões:
"Sabei que aqueles que contrariam Alá e seu mensageiro¹ serão EXTERMINADOS, como o foram os seus antepassados; por isso Nós lhes enviamos lúcidos versículos e, aqueles que os negarem, sofrerão um afrontoso castigo." Alcorão, Surata 58,5
"Ó fiéis, COMBATEI os vossos vizinhos incrédulos para que sintam severidade em vós; e sabei que Alá está com os tementes." Alcorão, Surata 9,123
"Mas quanto os meses sagrados houverem transcorrido, MATAI os idólatras, onde quer que os acheis; CAPTURAI-OS, ACOSSAI-OS e espreitai-os; porém, caso se arrependam, observem a oração e paguem o zakat, abri-lhes o caminho. Sabei que Alá é Indulgente, Misericordiosíssimo." Alcorão, Surata 9,5
"Ó fiéis, NÃO TOMEIS POR AMIGOS os JUDEUS nem os CRISTÃOS; que sejam amigos entre si. Porém, quem dentre vós os tomar por amigos, certamente será um deles; e Alá não encaminha os iníquos." Alcorão, Surata 5,51
"MATAI-OS onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, MATAI-OS. Tal será o castigo dos incrédulos. Alcorão, Surata 2,191
"E COMBATEI-OS até terminar a perseguição e prevalecer a religião² de Alá. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos." Alcorão, Surata 2,193
"Anseiam (os hipócritas) que renegueis, como renegaram eles, para que sejais todos iguais. Não tomeis a nenhum deles por confidente, até que tenham migrado pela causa de Alá. Porém, se se rebelarem, capturai-os então, MATAI-OS, onde quer que os acheis, e não tomeis a nenhum deles por confidente nem por socorredor." Alcorão, Surata 9,89
"COMBATEI aqueles que não crêem em Alá e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Alá e seu mensageiro¹ proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro³, até que, submissos, paguem o Jizya." Alcorão, Surata 9,29
"O castigo, para aqueles que lutam contra Alá e contra o seu mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que SEJAM MORTOS, ou CRUCIFICADOS, ou lhes seja DECEPADA a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo."
Alcorão, Surata 5,33
"E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não seja o Islam, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados."Alcorão, Surata 3,85
O pior é que distorce dão pitaco nas crenças judaico-cristãs, tentando inclusive confundir Javé (YHWH, Deus de Abraão, Isaac, Jacó e Israel) com Allah (Baal, Deus semita da Babilônia antiga e da tribo de Muhammad, cujo símbolo era e continua a ser a meia-lua). Definitivamente NÃO SÃO!
"Ó adeptos do Livro (Torah), não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e digais: Trindade!Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião." Alcorão, Surata 4,171

Dizer o contrário é negar o que está escrito pelo profeta.

Alguns diriam: "Ah, mais a grande maioria dos muçulmanos é de paz..."
A resposta é simples: Ser a pessoa de paz, não significa que sua religião prega a paz. Tal pessoa é pacífica, ou não pratica pedofilia, ou não pratica poligamia, etc., por conta de sua índole, não por conta do que seu profeta instrui e ordena.
Há ainda os que fingem tolerância (e a exigem), para que possam professar sua fé sem ser molestados, (mas enquanto são hipossuficientes). Esta é mais uma das práticas induzidas pelo Quran, em suas suratas 3:28 e 16:106: Tu deves mentir para fortalecer o Islã.

Ainda há quem diga: "Ah, mas também há extremistas entre os cristãos"... 
A resposta também não requer maiores esforços e tem relação com a primeira e pelos motivos inversos: O cristão belicoso assim o é por conta de sua índole pessoal, porque a beligerância e a belicosidade colidem com os ensinamentos dos Evangélios.



Degredo ideológico

Adolf Hitler baseou seu Nacional Socialismo no Socialismo de Marx, embora o tenha modificado sobremaneira.

No entanto, é certo que os Internacional Socialistas viam e reconheciam o Nacional Socialismo como sendo o que de fato era: uma adaptação das teorias de esquerda com a adição do nacionalismo alemão e sentimento antissemita daquele povo, naquela época.

O Partido dos Trabalhadores Nacional Socialista Alemão (Ou Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP) foi financiado por Moscou até o rompimento do Tratado Molotov-Ribbentrop .

Desde então, os autores de esquerda tem se esforçado em afastar diametralmente o Nacional Socialismo das outras vertentes socialistas e, para tanto usaram um artifício para rotulá-lo como de "extrema direita": o nacionalismo.

Em outras palavras, isso significa que o que se quis incutir foi que ainda que a ideologia se identifique em 99% com os ideais da esquerda, mas carreguem em seu bojo o nacionalismo, então essa passa a ser seu oposto.

Nem seria necessário discorrer mais a respeito, de tão flagrante que é esse engodo.
Um verdadeiro estelionato intelectual.

Lembra daquela pessoa que não quer ser visto como colega de outra que, embora sejam iguais, fede.

"Fascista!" O último argumento do esquerdista. Da série "Artigos que eu gostaria de ter escrito".


Pare de chamar os outros de fascistas. Você nem sabe o que essa palavra quer dizer.



Fascismo é provavelmente um dos conceitos mais repetidos e pouco compreendidos da história dos dicionários políticos. Veja você mesmo. Quantas vezes você ouviu essa expressão nos últimos meses? Eu poderia apostar que não seria possível listar nos dedos de uma mão. E isso para não falar da possibilidade que você mesmo tenha sido acusado disso. Eu vivo lendo isso por aqui. Quando não como crítica aos textos que escrevo, como resposta aos comentários dos próprios leitores. Todos devidamente catalogados como fascistas. A questão é: alguém saberia realmente explicar o que exatamente é o fascismo? Ou será que todo mundo repete essa palavra sem ter a mais remota noção do que ela significa?
De fato, parece inegável que o termo alcançou o século atual servindo para basicamente qualquer coisa.
Fulano é fascista porque sai para protestar contra o governo com uma camiseta com as cores do país. Beltrano joga no mesmo time dele porque torce o nariz para as ideias de esquerda. Sicrano também segue esse negócio porque vota num cara que eu não curto.

Esse é o grande problema aqui: pouca gente sabe exatamente o que diz quando usa essa expressão. Fascismo é dos termos mais imprecisos popularizados na política. Segundo o Dictionnaire historique des fascismes et du nazisme “não existe nenhuma definição universalmente aceita do fenômeno fascista, nenhum consenso, por menor que seja, quando à sua abrangência, às suas origens ideológicas ou às modalidades de ação que o caracterizam”. Stanley G. Payne, um dos mais reconhecidos historiadores do fascismo no mundo, foi outro a atestar esse fenômeno. Ele diz que o “fascismo permanece sendo, provavelmente, o mais vago dos termos políticos mais importantes”. E não conta nenhuma novidade. Já em 1946, George Orwell condenava o fascismo a uma palavra “quase inteiramente sem sentido” e que “qualquer inglês aceitaria ‘valentão’ como sinônimo” dela.
Por certo, fascismo acabou se tornando uma espécie de insulto político a qualquer figura opositora aos ideais de esquerda. Assim, de forma vaga, da maneira mais banal possível. Você pode perfeitamente virar um fascista apenas por não corroborar os discursos de um político de um determinado partido mais progressista, daquele coletivo revolucionário da sua universidade ou de algumas das pautas mais caras a essa turma toda. Pra muita gente, ou você abraça toda estética, e os jargões, e a luta de um grupo ideológico muito particular, ou você está condenado a desempenhar para sempre o papel de fascista.
A questão é que isso tudo evidentemente não faz o menor sentido. E ainda assim a ideia é facilmente disseminada. Basta reparar nas manchetes. Nos noticiários ela não cansa de marcar presença. Sergio Moro, por exemplo, é um clássico fascista. E não apenas ele, a Lava Jato é irredutivelmente um braço do fascismoJosé SerraFascistaAlckmin também. Cássio Cunha Lima idem. Aécio NevesFortaleceu a “direita fascista”. O MBL também. Todos fascistas. Mil vezes fascistas.
Ainda que vago, no entanto, mesmo sem um aparato ideológico abrangente ou pensadores influentes, há alguns elementos escancarados a respeito da natureza do fascismo. Todos, e isso faz total sentido, ignorados por aqueles que mais utilizam essa expressão. Abaixo, 4 coisas que você precisa saber antes de sair por aí acusando os outros usando esse nome em vão.

#1. É antiliberal

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Grave bem. Essa é a primeira coisa que você precisa saber antes de sair por aí acusando alguém usando essa expressão: o maior inimigo do fascismo é o liberalismo. Essa era a opinião de Mussolini, o grande líder totalitário italiano.
“O fascismo é definitivamente e absolutamente oposto às doutrinas do liberalismo, tanto na esfera econômica quanto na política.”
Para ele, o liberalismo era uma espécie de “religião desconhecida” que precisava ser combatida. Mussolini era desses que acreditava que o século dezenove havia sido o grande reinado do liberalismo no mundo e que o século vinte seria o “século de fascismo”. Não por acaso, ele resumiu toda doutrina fascista numa regra muito clara, que virou quase um bordão de tão precisa:
“Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado.”
Reparou? Essa é a essência do tal Estado totalitário: é tudo nele e nada fora dele. Ou seja, o fascismo é a ideia que todas as ações humanas devem satisfações a uma organização central. O Estado deve dirigir uma economia corporativista, controlando cada movimento do mercado, ao mesmo tempo em que impõe claros limites às liberdades individuais. Em resumo, esse é o exato oposto do que defendeu toda literatura liberal ao longo dos últimos trezentos anos. Isso também é muito próximo daquilo que os socialistas instituíram em diferentes regimes ao redor do mundo no último século.
Moeller van den Bruck, o ideólogo nazista que serviu como forte influência para o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, captou o sentimento da juventude alemã antes da ascensão de Hitler. Era genuinamente antiliberal.
“O liberalismo é uma filosofia de vida à qual a juventude alemã volta hoje as costas com nojo, cólera e um desprezo especial, pois não há nada mais exótico, mais repugnante e mais contrário à sua filosofia. A juventude alemã dos nossos dias reconhece no liberalismo o arqui-inimigo.”
Para ele, a ascensão do fascismo nos mais diversos cantos da Europa era facilmente explicada: 
“Todas as forças antiliberais estão se unindo contra tudo que é liberal.”
No artigo “A redescoberta do liberalismo”, o alemão Eduard Heimann, um dos líderes do socialismo religioso alemão, era outro a destacar o ódio dos fascistas pelos liberais:
“Hitler jamais pretendeu representar o verdadeiro liberalismo. O liberalismo tem a honra de ser a doutrina mais odiada por Hitler.”
Passado tanto tempo, é exatamente por isso que soa tão estúpido quando liberais são acusados de fascistas. Na verdade é o contrário. O fascismo é uma espécie de religião do Estado. É a crença que o Estado deve assumir totalmente a responsabilidade por cada aspecto da vida humana em detrimento do individualismo. O Estado deve gerir o nosso bem-estar e cuidar da nossa saúde. E não apenas isso. Deve também impor uma uniformidade de pensamento – leia-se: instaurar uma ditadura do pensamento único, onde as expressões não são livres, construídas a partir da boa vontade de uma liderança política.
Na prática, a construção de uma sociedade fascista é inteiramente calcada pelo antiliberalismo.

#2. É trabalhista

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Poucos regimes foram tão revolucionários na defesa dos direitos trabalhistas quanto o fascismo. Não por acaso, a nossa própria legislação na área, criada no auge do Estado Novo, por Getúlio Vargas, tem como base um documento italiano do final da década de vinte, a Carta del Lavoro, onde o Partido Nacional Fascista definiu os fundamentos das relações de trabalho. Até hoje, aliás, todas essas determinações não apenas permanecem organizando a vida econômica do país em corporações, com sindicatos patronais e trabalhadores tutelados pelo Estado, como são defendidas em grande parte por militantes de esquerda.
E a CLT não foi o único documento a seguir esse princípio. A própria Constituição Federal de 1937 tem no artigo 138 uma tradução idêntica à declaração III da Carta del Lavoro. E o que ela prevê? A unicidade sindical sob tutela do Estado, as contribuições compulsórias e os contratos coletivos de trabalho, mecanismos que de forma intacta sobreviveram à Constituição de 1988.
Foi dessa maneira que o fascismo mudou a cara do trabalhismo no último século – abraçando o sindicalismo revolucionário e dando ao Estado o papel de tutor das relações laborais, fiscalizando patrões, empregados e determinado cada aspecto da vida do trabalho. Quer dizer, nunca houve no fascismo italiano o interesse em abolir completamente a propriedade privada, como definia a utopia soviética. Os fascistas ousavam dominá-la através de corporações intimamente ligadas ao Estado. Em 1935, os sindicatos fascistas tinham mais de 4 milhões de filiados. Nada parecido havia sido testemunhado proporcionalmente em nenhum outro canto do mundo até então. A Itália era um grande feudo sindicalista.
Do outro lado do Atlântico, essa é a base do trabalhismo tupiniquim: uma cópia escrachada do fascismo italiano. Não apenas no que diz respeito à perpetuação de uma cultura sindical (e nunca é demais lembrar que há mais de 15 mil sindicatos no Brasil), como no fato dessas corporações serem tão próximas ao Estado (de abril de 2008 a abril de 2015, o governo federal repassou mais de R$ 1 bilhão para as centrais sindicais).
Boa parte dos nossos sindicalistas, não obstante, com o dedo em riste acusam seus opositores de fascistas. Nada mais contraditório.

#3. É populista

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Há algo inegável a respeito das ideologias: fascistas e populistas de esquerda nasceram como uma espécie de irmãos Karamazov dos dicionários políticos. E não sem motivo.
Em geral, tanto o primeiro grupo quanto o segundo construiu suas plataformas ideológicas no último século a partir do aumento do gasto público, da criação de políticas econômicas equivocadas justificadas para atender as massas, da propagação da ideia que o livre mercado é um mal a ser combatido, da figura centrada num grande líder carismático, do uso das estruturas do Estado para a construção da propaganda oficial, do combate à globalização como proteção à economia nacional, da crença no partido como um instrumento inquestionável de criação de prosperidade e justiça social, da luta contra um inimigo em comum (os norte americanos, o comércio internacional, os judeus), da construção de um discurso que una o grande líder ao “povo” e condene todas as figuras contrárias ao partido como “antipovo”, da perseguição à propriedade privada, da manipulação dos números oficiais, da descrença em escândalos de corrupção do governo.
Isso tudo está em Getúlio, Hitler ou Mussolini. Mas também está em Chávez, Perón e Fidel.
Há evidentes diferenças entre fascistas e populistas de esquerda, certamente. Ainda assim, não é um equívoco apostar que há mais coisas que os aproxima do que os afasta.

#4. É autoritário

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Sabe aquela imagem estereotipada do grande líder totalitário concentrando todo poder possível nas mãos para dar cabo ao seu plano psicopata de destruir completamente o mundo? Sinto dizer, mas longe dos desenhos animados e dos pastelões de Hollywood, ela é falsa. Em geral, a mesma noção altruísta que teoricamente move políticos dos mais diversos credos ideológicos também inspira diferentes líderes totalitários: todas as suas ações políticas são justificadas a partir de uma hipotética luta pela transformação do mundo vigente, do combate às mazelas históricas, da crença que as suas ideias são naturalmente superiores e benéficas ao maior número de pessoas.
E é justamente graças a esse entendimento que seu plano político é infalível na construção de uma sociedade mais justa e estável, e que seus opositores representam uma ameaça ao bem estar geral da população, que líderes totalitários e seus simpatizantes usualmente criam algumas das ditaduras mais perversas que a humanidade já testemunhou – dentre as quais uma muito peculiar, ainda tão em voga nos dias atuais: a do pensamento único.
Via de regra, todos aqueles que buscam construir o paraíso na terra concentrando poder, acabam produzindo catástrofes infernais.
E se tirania atinge seu ápice na instauração da nova identidade política, com muita repressão policial, ela alcança forte poderio também no campo das ideias. Acreditando defender um mundo moralmente superior, fascistas – assim como seus irmãos bastardos, os populistas de esquerda – condenam aquilo que entendem como pensamento dominante (essencialmente capitalista e individualista) para dar lugar a um novo reino da opinião e das condutas pessoais, construídas sobre o mito da juventude como artífice da história, da total dedicação à comunidade, da camaradagem e do espírito guerreiro e revolucionário. Em geral, fascistas e populistas de esquerda não apenas censuram todos aqueles que destoam de suas crenças, tratados literalmente como politicamente incorretos, como ameaçam fisicamente e moralmente seus opositores.
Dessa forma, a liberdade de expressão vira um mero conceito pequeno burguês: a própria palavra é um instrumento do coletivo, da maioria, do “povo”, e deve ser silenciada quando utilizada pelos não alinhados ao pensamento único. Não apenas os veículos de informação que denunciam descasos do partido são condenados ao descrédito – quando não à censura – como pensadores de oposição acabam tratados como arqui-inimigos dos trabalhadores e do bem comum. Sem escapatória, ou você repete o discurso coletivo, ou você morre abraçado ao riso da estupidez.
Assim, a essa altura do texto, é muito provável que muitos daqueles que você está acostumado a ver acusando os outros de fascistas, com expressões autoritárias, dedos em riste e soluções inquestionáveis para todos os problemas do mundo, quase sempre são eles mesmos os mais fervorosos praticantes do fascismo – um fascismo velado, cínico e demagogo, mas não menos autoritário. Escondidos sob o véu desse autoritarismo do bem, pretensiosamente inclusivo e justiceiro, os fascistas envergonhados dos dias atuais, como os do passado, são quase sempre os primeiros a acusar os outros daquilo que eles mesmos fazem, e justificam seus protestos, suas greves, seus boicotes e suas vaias, com toda uma insolência muito peculiar, à incendiária construção de um novo mundo, mais justo.
Isto posto, não nos resta dúvida que o fascismo atravessou o século e deixou de ser uma marca restrita aos líderes totalitários. Por isso, esqueça Hitler, Vargas ou Mussolini. Olhe ao seu redor. O fascismo é um instrumento da modernidade que concentra sua luta na construção de um mundo melhor através de ações estatais muito específicas e irredutíveis que moldam as particularidades humanas sob a égide do politicamente correto e do pensamento único.
Lembre-se disso na próxima vez que sair por aí acusando os outros usando esse nome. Você pode ser o fascista da vez. Você só não sabe disso ainda.